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quinta-feira, 11 de setembro de 2025

A CRIATURA (MARÇO 2025)

Capa obtida por IA

 

TEMA

Quem nunca ouviu o ditado “A curiosidade matou o gato”? Segundo algumas fontes, a origem do ditado veio da Inglaterra e, em um primeiro momento era “A preocupação matou o gato”. Com o tempo, a preocupação foi trocada pela curiosidade. E é com base nesse ditado, o qual explora as consequências da curiosidade desmedida, que surgiu esse cordel cujo autor buscou inspiração em algumas histórias como o famoso e emblemático mito grego da Caixa de Pandora e do conto “A caixa” de Richard Matheson, que virou um filme escrito e dirigido por Richard Kelly. Aliás, o cinema está repleto de filmes com esse argumento. Tomando como ponto de partida, a curiosidade, que acaba por abrir um artefato que não deveria ser aberto, libertando um mal que estava aprisionado, surgiu esse cordel, com o diferencial de quebrar a estrutura narrativa tradicional e tendo o conflito como início.

SINOPSE

Três irmãos dispostos a viver uma grande aventura; uma cabana isolada no meio da floresta; um senhor já idoso de hábitos muito duvidosos e que vive de forma isolada, mantendo o mínimo de contato com a sociedade; um baú cujo conteúdo secreto, de acordo com os moradores do vilarejo mais próximo, deve guardar um preciosíssimo tesouro. Todos esses elementos juntos formam esse suspense que pretende prender o leitor do começo ao fim. O que haverá de tão valioso dentro de tal artefato? Seu interior guarda a resposta que mudará para sempre o destino dos três rapazes.


— Anda logo, desgraçado,
E não pare para olhar.
Se fizer isso de novo,
Eu irei te abandonar.
Ela deve estar por perto,
Trate de ficar esperto,
Não podemos vacilar.

Mas Artur, ainda em pânico,
Não sabia o que fazer.
Parecia tanto tempo
Que desatara a correr.
Tomado pelo cansaço,
Dolorida a perna e o braço,
Tentavam adormecer.

— Se ao menos vocês tivessem
Prestado mais atenção
Naquilo que eu tinha dito,
Em cada observação.
Não estávamos sofrendo,
Quais condenados correndo,
Passando tanta aflição.

Ah, não, mas vocês queriam 
Viver mais que uma aventura
E me colocaram nessa...
Como não vi tal loucura?
Pois agora olhe onde estamos:
Nem sei para onde vamos. –
Falou de forma bem dura.

Artur se encontrava em prantos,
As lágrimas escorriam
Por sua face rosada
E pela relva caíam.
Sem parar pra descansar,
O peito, agudo, a arfar.
Por quanto que aguentariam?

Um comentário:

  1. Tive o prazer de revisar e diagramar esse cordel. Uma narrativa diferente das tramas da maioria dos cordéis. Desde a primeira estrofe o suspense já se mostra predominante. O leitor não se arrependerá de adquirir. E provavelmente lerá algumas vezes pois a trama e o suspense são intensos.

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