TEMA
A temática dos causos de assombração, envolvendo o chamado “mundo sobrenatural”, sempre foram muito comuns e, portanto, apreciadas na cultura do sertanejo. São incontáveis as narrativas desse gênero, trazidas, inicialmente, do continente europeu, muito antes das lendas urbanas, dando origem a cordéis e até mesmo presentes em modas de viola como “Relógio quebrado”, de composição de José Russo e Teddy Vieira e ouvida na voz da dupla Nestor e Nestorzinho. Tais enredos sempre envolvem a questão de se crer ou não em relatos desse tipo, levando um protagonista incrédulo, que se tornou comum, muitas vezes aparecer na pele de corajoso e destemido, envolvido em alguma espécie de aposta, guiado em uma jornada ao desconhecido e trazendo desfechos um tanto inesperados. A partir desta expectativa, nasceu este cordel.
SINOPSE
E o furor da capital,
Vamos para o interior
E seu clima especial,
Sua gente hospitaleira,
De cultura sem igual.
Não irei citar seu nome,
Pois não fará diferença.
Não aumenta ou diminui
A nossa devida crença.
Há tantas pelo Brasil,
Muito mais do que se pensa.
O povo desse lugar
Sempre gostou duma prosa,
Conversa tão animada
Numa amizade gostosa
Com gente descontraída
E para lá de amistosa.
Vamos ver do que se trata,
Meu caro amigo leitor,
Pois o rumo dessa prosa
Será muito tentador.
Vai deixá-lo curioso
Sobre qual o seu teor.
Foi numa mesa de bar
Que essa história começou.
Em uma dessas conversas,
Não sei quem iniciou.
Só sei que foi desse jeito
Que o fato se consumou.
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