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Crédito: Wikimedia Commons |
É toda manhã
o mesmo despertar
Na mesa o
mesmo café da manhã
Não mudaram
as frívolas conversas familiares
Os jornais
exibem as banalidades de costume.
Enfadado
dessa vida medíocre, saio às ruas
Pessoas
atarantadas correm atrás das mesmas ilusões
Jovens em
torno de repetitivas alienações.
Convenço-me
de que estou em um mundo doente
Assolado por
uma epidemia conhecida por rotina
Estamos
programados para fazer o básico.
Desde os
primeiros anos escolares recebemos um rótulo homogêneo
A nos
acompanhar por toda a nossa vida,
Esse palco
onde a monotonia se apresenta
Envolvendo-nos,
fiel plateia,
Conformados
a apenas assistir ao espetáculo
Até que as
cortinas se fechem, as luzes se apaguem.
Batemos
palmas, voltamos para o aconchego de nossos lares
E dormimos o
sono dos justos.
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